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Peça do mês de fevereiro, 2017 Guarda-chuva

Geral
03 Fevereiro 2017
A origem do guarda-chuva, embora imprecisa, é uma invenção antiga. Sabe-se que o povo chinês já o utilizava no século II a.C..

Inicialmente, associado a um caráter divino, o guarda-chuva era utilizado apenas para velar divindades e a realeza em procissões. Nas cerimónias litúrgicas do Cristianismo envergavam-se dois guarda-chuvas que surgiam à frente do Papa, um aberto como símbolo do poder temporal e outro fechado simbolizando o poder espiritual.

A sua utilização como objeto utilitário foi-se difundindo, passando a ser utilizado como um acessório feminino das classes sociais privilegiadas, pompeado de preciosos adornos para proteção das adversidades climatéricas. O seu uso pelo género masculino só se veio a verificar mais tarde, no final do século XVIII, em Inglaterra.

No século XVII, Paris aprimorou o conceito deste útil objeto e passou-se a distinguir «guarda-chuva» de «sombrinha». Já no século XVIII, o londrino Jonas Hanway reinventou o chapéu-de-chuva dando-lhe o aspeto que hoje conhecemos, tornando-o mais leve e mais pequeno.

A peça que o Museu Municipal elege para o mês de fevereiro é um guarda-chuva de cor preta, com 8 varetas e com uma haste e pega de madeira, associado à profissão do pastor.

Alberto Caeiro, no poema I de O Guardador de Rebanhos, escreve: «Minha alma é como um pastor,/ Conhece o vento e o sol/ E anda pela mão das Estações/ A seguir e a olhar.».

Este ofício intemporal, que marcou no passado a economia do concelho, realça a relevância da peça do mês que era transportada na aba da samarra para ser usada como abrigo do sol e da chuva.

 

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